(Volume 3) O Silêncio e sua Representação, por Renato Lessa

Auschwitz, em sua máxima expressão – a do aniquilamento completo de suas vítimas -, pode ser imaginado como um experimento de vitória total do silêncio e como supressão definitiva das vozes humanas. O silêncio impõe-se, ao fim de tudo, em sua máxima compactação, precedido tão-somente da inutilidade e finitude dos sons humanos. Tal como um coro em desespero, as derradeiras vozes terminam por condensar-se no definitivo operador do silêncio – a morte – e nele se dissolvem.

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About Renato Lessa

Pesquisador 1 A do CNPq desde 2004 -, graduado em Ciências Sociais pela Universidade Federal Fluminense (1976) e Mestre (1987) e Doutor (1992) em Ciência Política pelo Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (IUPERJ). Professor Titular de Teoria Política, da UFF; Investigador Associado do do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa e Diretor Presidente do Instituto Ciência Hoje.
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