Ontem – Número 80 – 11/2012 – [309]

O

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Ontem

Ontem,
se todo o tempo não fosse vento.
As ranhuras da nossa
brisa, restariam respondidas
pela barra do teu vestido
em rodopio. Nas pálpebras
cansadas e encharcadas
de rio. Ora, para que
pensar desvios? O que eu diria
aos filhos dos sete afluentes do
Ota, se tua não fosse
a tua penumbra?
Ontem,

Ayer

Ayer,
si todo el tiempo no fuese viento.
Las ranuras de nuestra
brisa, quedarían respondidas
por el dobladillo de tu vestido
revuelto. En los párpados
cansados y empapados
de río. ¿Pero para qué
pensar desvíos? ¿Qué les diría yo
a los hijos de los siete afluentes
del Río Ota, si tuya no fuese
tu penumbra?
Ayer,

(leitura e tradução de Mariana Amato)

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Cesar Kiraly

Cesar Kiraly

Professor de Estética e Teoria Política no Departamento de Ciência Política da Universidade Federal Fluminense.