Poesia

Mind Game – Número 81 – 11/2012 – [310-311]

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Houve um tempo em que os cinemas eram em ruas e galerias, os assaltantes não usavam armas automáticas e os policiais os perseguiam de fusca. Não era um tempo propriamente extraordinário, mas foi um tempo. Era o meu tempo. Nele, como dito num filme não muito velho do Tarantino, valorizávamos os diretores. Na verdade, a personagem, uma bela judia francesa, diz: – “grandes diretores”, instada por um militar alemão do porquê não se incomodar de exibir filmes alemães em seu cinema, de rua. Talvez devesse ser traçada a relação entre o surgimento dos grandes diretores e a existência dos cinemas de rua. Continue Lendo

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Ontem – Número 80 – 11/2012 – [309]

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Ontem

Ontem,
se todo o tempo não fosse vento.
As ranhuras da nossa
brisa, restariam respondidas
pela barra do teu vestido
em rodopio. Nas pálpebras
cansadas e encharcadas
de rio. Ora, para que
pensar desvios? O que eu diria
aos filhos dos sete afluentes do
Ota, se tua não fosse
a tua penumbra?
Ontem,

Ayer

Ayer,
si todo el tiempo no fuese viento.
Las ranuras de nuestra
brisa, quedarían respondidas
por el dobladillo de tu vestido
revuelto. En los párpados
cansados y empapados
de río. ¿Pero para qué
pensar desvíos? ¿Qué les diría yo
a los hijos de los siete afluentes
del Río Ota, si tuya no fuese
tu penumbra?
Ayer,

(leitura e tradução de Mariana Amato)

***
Cesar Kiraly

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