As revoltas populares em países do Norte da África e do Oriente Médio vem sendo chamadas por muitos de “primavera árabe”. A onda de protestos e enfrentamentos iniciada na Tunísia no mês de janeiro já teve reflexos em pelo menos mais 13 países da região. Dois presidentes que ocupavam os cargos há décadas foram derrubados, um país está sendo bombardeado por uma coalizão internacional liderada pela OTAN, milhares de pessoas foram mortas, presas ou deslocadas e os conflitos ainda parecem longe do fim.
A idéia da primavera é uma metáfora expressiva para descrever estes acontecimentos, se tomarmos como referência as zonas temperadas do globo, em que as quatro estações do ano são bem definidas. A primavera traduz-se no despertar da natureza após os rigores do inverno. É a vida que volta a brotar da terra adormecida. A primavera árabe, despertar de povos submetidos a governos de caráter autoritário, não é de modo algum um movimento com sentido único, deve ser reconhecida a pluralidade de questões que estão colocadas nos diferentes focos de insatisfação. O que há em comum nas diversas manifestações? Homens e mulheres que exigem “reformas políticas” e, sobretudo, melhores condições de vida. Continue Lendo