(Volume 7) Pensamento Soberano, Abismo do Fundamento e Formas da Irresolução, por Renato Lessa

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A obra de Fernando Gil, para além de sua originalidade ímpar – e vale, aqui, a deriva pleonástica – possui a marca da atenção a diversas ordens de problemas e questões. Desde La Logique du Nom, de 1972, na qual se impõe um tema que estará presente por toda a obra ulterior – o da “pressuposição da referência” – e das próprias Aproximações Antropológicas (1961), aos últimos textos publicados – o pungente e belo ensaio O Hospital e a Lei Moral e o notável texto Exemplos Musicais (ambos em 2005), há uma miríade de temas que poderiam ser reunidos em uma configuração maior, a de estabelecer uma forma própria de exercício de uma filosofia do conhecimento3. Um exercício que, embora atento ao caracter necessariamente individual da evidência, jamais descurou da consideração do que vai pelo mundo da vida.

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Cesar Kiraly

Professor de Estética e Teoria Política no Departamento de Ciência Política da Universidade Federal Fluminense.